Jean-Luc Godard recorreu a suicídio assistido, diz jornal
O cineasta Jean-Luc Godard, morto nesta terça-feira (13) aos 91 anos de idade, recorreu ao suicídio assistido na Suíça.
A informação é do jornal francês Libération, que cita fontes próximas ao diretor. "Ele não estava doente, estava simplesmente exausto" disse uma pessoa ligada à família.
Godard faleceu em sua casa em Rolle, às margens do lago Léman, na região de língua francesa da Suíça. "Essa foi a sua decisão, e era importante para ele que ela fosse conhecida", afirmou uma fonte ao Libération.
O suicídio assistido é permitido na Suíça e consiste em dar fim à própria vida, geralmente por meio da ingestão de medicamentos letais, com acompanhamento médico.
Autor de dezenas de filmes ao longo de quase sete décadas de carreira, Godard se tornou um dos nomes mais influentes do cinema francês e mundial, com obras como "Acossado", "O desprezo" e "O demônio das onze horas".
Em seu perfil no Twitter, o presidente da França, Emmanuel Macron, celebrou o legado do diretor. "Jean-Luc Godard, o mais iconoclasta dos cineastas da Nouvelle Vague, inventou uma arte decididamente moderna, intensamente livre. Nós perdemos um tesouro nacional, um olhar de gênio", disse.
Desde seus primeiros trabalhos, Godard se afirmou como um diretor inovador e experimental e foi um dos fundadores da corrente conhecida como Nouvelle Vague (Nova Onda, em tradução literal), uma das mais importantes da história do cinema.
Esse movimento era caracterizado pela oposição às superproduções de Hollywood, com filmes mais autorais, mais baratos e com mais liberdade estética, e por abordar temas tabus. (ANSA).
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